top of page

Cidades Sustentáveis


Dimensão da Natureza | Planejamento Urbano e Natureza | Foto Aérea de um Bairro

O planejamento urbano, tanto como disciplina acadêmica quanto método de atuação no ambiente urbano por fundamento, lida basicamente com os processos de produção, estruturação e apropriação do espaço urbano. Sob este ponto de vista, os planejadores podem antever os possíveis impactos causados por um plano de desenvolvimento urbano.

Os planejadores urbanos geralmente buscam tanto a harmonia do espaço da cidade, quanto melhorias na qualidade de vida das comunidades. Uma comunidade é vista por um planejador urbano como um sistema, no qual todas as suas partes dependem umas das outras.

Historicamente, o planejamento urbano relaciona com o desenho urbano com o projeto das cidades, agindo diretamente no ordenamento físico das mesmas. Este ordenamento deve prever uma harmonia do espaço construído, de modo a preservar o meio ambiente natural das cidades, criando novos espaços públicos abertos públicos em especial praças e parques, cuja natureza, em específico a vegetação exerce papel fundamental para saúde e o bem viver das pessoas na cidade.

Entretanto, na visão de Kohlsdorf (1996) sendo o fenômeno urbano visto como algo dinâmico, a cidade passa a ser vista como o produto de um determinado contexto histórico, e não mais como um modelo ideal a ser concebido pelos urbanistas.

Isso leva à busca de solução dos problemas práticos, concretos, buscando estabelecer mecanismos de controle dos processos urbanos ao longo do tempo. A cidade real passa a ser o foco, ao invés da cidade ideal, ou seja, o equilíbrio entre o ambiente antrópico construído e o ambiente natural.

Dentro dessa concepção, o planejamento pode ser definido como um conjunto de ações socioambientais consideradas mais adequadas para conduzir a situação atual na direção dos objetivos desejados.

Essa visão contrapõe com a concepção mais tradicional, onde o urbanista deveria “projetar” a cidade. Mas, essa mudança somente se consolidou com o advento do planejamento sistêmico, onde a cidade é um sistema composto por partes (pessoas, edificações, sistema de vias, etc.) e o todo, a natureza em última instância.

Assim sendo, o sistema configuracional urbano, o qual é composto por porções de espaço aberto público delimitados pelas construções precisa organizar e prever uma condição relacional em razão das posições ocupadas no solo e por interligações que geram padrões de acessibilidade urbana, organização social e comportamento das pessoas, todos estes inter-relacionados a natureza.

A cidade é vista como um sistema que abriga vários usos do solo e atividades, dentre eles o sistema de áreas verdes em praças e parques, interligados por vias que necessitam de melhor acessibilidade e mobilidade urbana, seja por meio do transporte público ou por meio de ciclovias mais arborizadas, garantindo condições adequadas de ambiência a todas as pessoas.

Para intervir nesse sistema além do enfoque espacial dominante, se faz necessário reconhecer o caráter dinâmico e sistêmico das cidades. A principal demanda ocorre em função do crescimento acelerado das cidades, que modifica o seu espaço em um curto período de tempo, que por consequência altera significativamente a paisagem natural, advinda do crescimento urbano. Faz-se necessário pensar no desenvolvimento urbano centrado no planejamento sistêmico e de longo prazo.

“Planejamento de longo prazo não lida com as decisões futuras, mas com o futuro das decisões presentes”. Peter Drucker

Diante do que se expôs, é fundamental uma visão integrada do meio urbano e o meio natural, com vistas harmonia do espaço em prol da qualidade de vida num sentido mais amplo, gerando cidades sustentáveis.

Posts recentes

Ver tudo

Ouça nosso Podcast 

Podcast Por Um Mundo Luminoso | Áudios de Luz
bottom of page